sexta-feira, 27 de junho de 2014

Historinhas para crianças, com personagens papais!

Como as histórias influenciam o olhar das pessoas, não é mesmo? Sabia que tem livros infantis que focam na visão e no papel do pai?








Existem livros dedicados ao público infantil, que tratam apenas da relação entre o homem pai e sua/eu filho/a. E encontrei três que estão disponíveis para visualização. Assim papai e criança podem se entreter com essas histórias gostosas. Essas são indicações de livros para crianças pequenas. Aproveitem.

Uma encantadora história é essa Pê de Pai de a Isabel Martins e Bernardo Carvalho. Música de Celso Fonseca e e Ronaldo Bastos, na voz de Caetano Velozo e Gal Costa - Sorte.



Essa é uma história que me emociona, um pai e um filho coelho e suas formas de demonstrar amor - Advinha o quanto eu te amo, de Sam MacBatney. Fundo musical: pássaros.




Abaixo um livro bem legal, com um acréscimo: ele foi feito para homenagear os pais, na escola Infância no Elias, bem gostoso de ver. O livro do Papai, de Todd Parr. Narração, crianças.




Os benefícios da leitura você já conhece, assistindo junto com o filhote ou filhota também fica bom, hein?

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Amamentação - Lei Estadual em Santa Catarina - Programa Tem + na TV Com - Minha primeira vez em um programa de TV

Dia 24 de junho e recebo uma ligação do programa TUDO +, da TVCOM, para falar sobre a lei estadual que permite a todas as mulheres amamentarem onde e quando quiserem. Caso sejam inibidas ou constrangidas o violador da lei deve então pagar multa.




Eram seis da tarde, marido e filho tinham acabado de chegar em casa de seus afazeres.Eu havia passado a tarde com um mal estar estranho. A pessoa ligou, falei com o companheiro para saber se ele estava disponível para me levar e acompanhar, vi se teríamos transporte, tudo certo. Aceitei! Tomei banho, dei uma pequena ajeitada no cabelo e na cara, coloquei uma roupinha, enquanto o marido alimentava as crias, as trocava. Sempre tive um pouco de pânico em falar em público. Quando entrei no carro pensei: o que estou fazendo? Vou falar ao vivo, com pessoas que não conheço sobre amamentar? Eu? Que tenho certo pânico dessas coisas? Bom, respirei fundo e deixei o pequeno mal estar falar mais alto (ele me deixou meio leve).

Chegamos ao estúdio B e fomos muito bem recebidos. Existe uma sala de espera na frente do estúdio, com televisão, poltronas, cafezinho. A educação, empatia e simpatia das pessoas que lá trabalham é muito legal, fiquei super a vontade. Conheci então a Ingrid, enfermeira obstetra, coordenadora do aleitamento no HU/UFSC. Começamos a conversar sobre a lei, sobre amamentar. Enquanto isso o filhote e papai, passeavam pelos estúdios. Ah, João ficou encantado, estava eufórico. Logo chega a Suelen Farias, apresentadora do programa. Muito empática e muito bonita nos cumprimentou, brincou a Serena - ela tem um bebê de nove meses. Serena brincou com as pessoas ali, brincou o Bernardo filho de outra mãe participante - Alessandra (jornalista). Também conhecemos a advogada que iria participar e ficamos conversando. 


Serena mamando
Sem lubrificante nos chamaram para entrar. Peguei a Serena e fomos. O sofá que compõe o cenário é super confortável. Deram as mães o microfone bola ou sorvete, pois bebês poderiam querer mexer no microfone de lapela. Serena estava brincalhona e eu não conseguia me concentrar nas falas das colegas. Destaco o que considerei bem importante:

Ingrid mencionou que a questão de constrangimento ao amamentar não é realidade dentro da maternidade. Elas fazem um trabalho intenso para ensinar, auxiliar bebê, mãe e família na amamentação e aleitamento, amamentar é algo super natural, ou pelo menos deveria ser. Para "os/as outros" amamentar um recém nascido nem é tão mal visto, mas uma criança maior sim. Enfatizou que o aleitamento é indicado até os dois anos de idade e que isso deveria sim ser bem visto também, pois há inúmeros benefícios no amamentar, inclusive crianças maiores de seis meses.

A Vilza Terezinha Weber, advogada, defendeu a lei, enfatizando que muitas atitudes que parecem óbvias estão previstas por lei e sua não obediência gera multa. Como o caso do uso do cinto de segurança, antes de ser lei as políticas de conscientização ao uso para segurança do condutor e usuários de carros (e outros transportes) só tornaram hábito por conta de risco de multa. O mesmo ocorre com uma lei específica para a mulher que é constrangida ao amamentar, apenas a educação, infelizmente, não surte efeito aos já "mal educados" de forma massiva. Outra fala importante foi que mulheres do interior podem ser menos estimuladas a amamentação em público.

Alessandra Lima contou que em sua primeira gravidez não teve  auxílio para a amentação, o quanto foi dolorido e desconfortável, aliado a juventude e falta de paciência para realizar a função, acabou desmamando o bebê cedo. Disse que na segunda gravidez já teve mais orientações sobre como ordenhar e seu filho Bernardo de seis meses é uma lindeza, me apaixonei. Porém, evita se expor ao amamentar seu filho, a cultura que amamentar é algo  tão constrangedor que "força" algumas mulheres a esse tipo de postura.

E eu? Eu não falei, eu não disse, eu não mencionei as lutas que nós temos para amamentar em espaços públicos: os "mamaços" realizados nacionalmente, incluindo aqui em Florianópolis, desde desde 2011; sobre o "mamaço" virtual, pois fotos de mulheres amamentando somem misteriosamente do facebook. Me limitei a falar de um caso que vi. Quando fui perguntada sobre o blog e o incentivo para os pais amamentarem, também não esclareci qual é a função deste espaço. Peço desculpas as colegas ativistas, as amigas e as pessoas que se dedicam a esse tema. Porém, tentei corrigir colocando minha filha a mamar no seio em público, na TV. Na próxima vez treino a fala, me concentro melhor e faço bem bonito, prometo!!!! E antes que as más línguas comentem que posso ser despreparada para tal, já adianto que não, de repente, não estava 100% focada nesse assunto no dia, mas tenho conhecimento pessoal com duas amamentações: uma bem sucedida e outra não. Acompanhei de perto vários movimentos sobre e para a amamentação, incluindo a lei.
Mamaço no Rio de Janeiro
Primeira vez na TV, graças a indicação da Priscilla Matos, sem treino, com mal estar, criança brincando o colo, aí está o vídeo.

Queria antes parabenizar o programa TV + por colocar na pauta um assunto tão relevante, a Ingrid e Juliana. Que venham mais assuntos e discussões como essa.

Infelizmente, não consegui incorporar o vídeo, mas aqui está o link: http://videos.clicrbs.com.br/sc/tvcom/video/tvcom-tudo-mais/2014/06/tvcom-tudo-amamentacao-24-06-14/84119/


PS: Clique nas palavras em rosa e abra os links.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Instituto Papai - Você deve conhecer!

Hoje vou apresentar uma das principais instituições nacionais sobre equidade de gênero no qual vários estudos sobre masculinidades é um dos objetivo. Existe desde 1997 e trabalha principalmente com comunidades carentes: o Instituto Papai.



Quando iniciei as minhas pesquisas sobre paternidade ativa, essa foi a primeira instituição que tive contato. Principalmente por conta dos materiais que produzem. Um deles é o Programa H um manual dividido em cinco livros que podem ser baixados ou adquiridos no site que auxiliam os profissionais a abordarem assuntos com os jovens homens. Existe um livro específico sobre paternidade: "Paternidade e Cuidado", que estimula os jovens pais a serem mais comprometidos com a paternidade (ao invés de demonizá-la como é feito comumente pela nossa sociedade). Esse material teve coordenação geral do PROMUNDO.

Uma Campanhas bem interessante promovida pelo Instituto Papai é "Dá Licença, eu sou pai" - alertando que os pais tem direito a cinco dias de licença paternidade e que este tempo é muito pequeno. Como mostramos abaixo:



Esse ano, no mês de agosto, conforme me informou Mariana Azevedo, coordenadora geral do Instituto Papai, o tema será: Pai não é visita! Pelo direito de ser acompanhante. 


"De acordo com a Lei Federal N° 11.108, o SUS é obrigado a permitir a presença de um acompanhante, junto à mulher, durante o pré-parto, parto e pós-parto imediato. O acompanhante deve ser indicado pela mulher.

Contudo, há muita resistência das instituições de saúde e dos profissionais em fazer cumprir esta lei.  A resistência é ainda maior no caso do acompanhante ser o pai.

Neste sentido, a partir do slogan PAI NÃO É VISITA!, esta campanha tem o objetivo de promover discussões críticas sobre o constante descumprimento desta lei.

A iniciativa visa, portanto, exigir dos Governos Municipal, Estadual e Federal o compromisso de gerar condições estruturais nas maternidades para que o direito ao acompanhante seja respeitado."

As Campanhas realizadas pelo Instituto são de interesse de todos e todas nós. Se informe, participe, divulgue!

Instituto Papai na net: http://institutopapai.blogspot.com.br/

Foi uma enorme satisfação ter contato com essa satisfação através da gentileza, atenção e profissionalismo com o qual me atenderam. Aqui nossas portas estão sempre abertas. 

PS: As palavras ou frases em rosa quando clicadas direcionam o link.