quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Gravidez uma ameaça a virilidade? Ou ainda: acesso negado para homens pais.

Portas fechadas para os papais!


Uma pesquisa bem interessante encontrada nesse link acerca da paternidade comenta como o movimento feminista é impactante na reflexão dos papéis sociais. Antes tínhamos a figura do homem como provedor e a figura da mulher a vida doméstica. Hoje temos a mulher no mercado de trabalho exigindo que o homem entre na casa. A autora sugere que vivemos em uma fase de transição dos papéis masculinos e femininos e há uma necessidade de novos arranjos para constituir esses novos papéis. A pesquisa mostra que inclusive nas classes mais baixas, onde é difícil para o homem se manter em um emprego estável, a mulher acaba provendo o lar mesmo tendo filhos pequenos. Quando a mulher então se vê em duas jornadas de trabalho - uma que lhe permite a renda familiar e o sustento da mesma - mais o cuidado da casa e dos filhos/as - o homem acaba sendo desnecessário dentro do contexto familiar o que resulta em expulsamento do lar ou fuga dos mesmos. "Esses fatores podem resultar na desestruturação da identidade masculina que reflete violentamente nas suas parceiras. Nestas condições, uma gravidez pode representar não uma afirmação, mas uma ameaça à virilidade masculina, tanto que alguns estudos apontam que a violência doméstica ocorre frequentemente durante a gravidez.

Um dos pontos principais dessa pesquisa é a falta de modelo que o homem tem para assumir uma masculinidade diferente da que a ideologia atual propõe.

O decorrer da pesquisa, infelizmente, sinaliza aquilo que já vimos aqui no blog. O homem pai não é acolhido pelas áreas de saúde a serem participativos. Não é convidado a entrar na consulta pré natal embora tenham direito e vontade. Não são permitidas suas presenças no momento do parto, embora seja lei. Essas inserções do homem nesse meio também se deve a esse ser passivo e aceitar tudo como "é assim, sempre foi e eu não posso mudar"


Amigo, colega, papai, futuro papai, entende o motivo daquela sensação de inutilidade que você tem quando sua parceira engravida, engravidou? Sabendo disso você vai ficar esperando até quando que alguém lhe convide para ouvir o coração do seu bebê na consulta pré natal? Vai esperar até quando para acompanhar (caso ela deseje) a mãe do seu futuro filho ou filha no momento do nascimento? Que tal sair dessa passividade, se emponderar e assumir sua cria desde o ventre? Para saber como está a saúde do seu filho ou filha na consulta do/a pediatra? Vamos lá, vamos lá, se meta, pois você tem esse direito!!!!!!! E sua cria mais ainda!



Fonte de pesquisa:

PERDOMINI, Fernanda Rosa Indriunas  and  BONILHA, Ana Lúcia de Lourenzi. A participação do pai como acompanhante da mulher no parto. Texto contexto - enferm.[online]. 2011, vol.20, n.3 ISSN 0104-0707.


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